sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Luto pelos irmãos do Rio de Janeiro











Eu não vou fazer uma postagem falando sobre estatísticas, números de mortos, porcentagem de chances de vida sob a lama... A postagem de hoje é apenas para expressar meus sentimentos mais profundos à todas as pessoas envolvidas na tragédia das enchentes violentas que estão arrasando a região serrana do Rio de Janeiro. Por todo o dia, a tv nos mostra as imagens assustadoras do que nossos irmãos estão vivendo para fugir da morte, da lama, das águas enfurecidas que estão destruindo cidades inteiras! Nova Friburgo desapareceu... Petrópolis não pára de desmoronar junto com os deslizamentos que descem dos morros... Teresópolis está destruída, onde as pessoas perambulam, vasculhando entulhos à procura de vítimas. Ontem de manhã, eu estava em casa, fazendo meu trabalho, quando comecei a acompanhar toda a tragédia. Foram tantas informações de deslizamentos, mortes, desaparecimentos de famílias inteiras e pessoas desesperadas, sem água para beber, sem nada para comer. Passei muito mal. Meus nervos me deixaram em estado de profunda tristeza e uma imensa sensação de não poder fazer nada... Agora há pouco, no telejornal da tarde, vi ainda mais imagens e notícias de mais deslizamentos, mais mortes, mais desaparecidos na lama.




É isso. O Rio de Janeiro, além de São Paulo e Minas Gerais, estão vivendo, segundo as informações do telejornal, uma das dez maiores tragédias do mundo em 111 anos! E por isso, gostaria de pedir que façam muitas orações, ajudem enviando roupas, cobertores, água, comida. Ajudem da forma que puderem. E, principalmente, rezem muito por todos esses irmãos.
(Fotos da web)

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Fotos da Escola Carlos Gomes

Fachada da Escola Carlos GomesAfresco da entrada
(muito escurecido pelos efeitos da poluição)

De dentro para fora


Ao lado da escadaria da entrada
(a "pequena porta")



A porta entreaberta não nos permitiu avançar
(e o curioso disso tudo: não dá vontade de sair!)






Eu e meu amigo Murilo, saímos hoje pela cidade e acabamos parando em frente a Escola Carlos Gomes (aqui, bem em frente à minha janela!). Sempre preparados, com as câmeras fotográficas em punho, começamos a observar e clicar todos os angulos do prédio. As paredes fortes, resistindo ao tempo, à modernidade e ao vandalismo, posavam severas para as fotografias. Todos os detalhes começaram a ser capturados. Colunas, escadaria de mármore Carrara, afrescos escurecidos pela amargura da poluição, janelas sem vidros... mas a paixão estava ainda ali. Eu e Murilo não falávamos nada. Apenas clicávamos, resgatávamos momentos daquela escola. Começamos pelas paredes externas. Depois, subimos a escadaria e chegamos até a entrada, onde fomos recebidos pelos afrescos, portas centenárias e pessoas que estavam ali, cansadas da espera na fila por uma vaga para seus filhos. Eu estava pensando que não poderíamos nem ao menos ter entrado sem autorização, porém, fomos subindo as escadas, como quem não quer nada, e fomos capturando o passado daquele lugar magnífico!
Um senhor estava sentado na entrada, recepcionando as pessoas para a fila, mas, para ele, acho que nem tínhamos muita importância... não nos barrou, nada perguntou, e por isso continuamos nossa aventura pelos corredores da escola. Encontramos uma portinha que parecia a porta da casa dos anões da Branca de Neve! Estava aberta, e por isso, concluímos que poderíamos entrar mais um pouquinho. Vazio. Ninguém.
Os corredores da parte de baixo estavam desertos. Apenas umas portas entreabertas, espiando nossa curiosidade.
Já de volta para a frente da escola, ficamos sentados na escada. Afrescos. Mármore. Passado. Saímos em silêncio, com as câmeras e os corações alegres, recheados de história e de imagens lindas em preto e branco. Espero que gostem!